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Desde pequena, a candelariense Camila Pohl Fröhlich sonhava em ser escritora. Como ela acabou seguindo profissionalmente como engenheira ambiental, imaginou que o Mestrado lhe possibilitaria essa realização. No entanto, percebeu o quão limitada era a sua visão de mundo e os seus conhecimentos para escrever. Foi então que decidiu ingressar no Doutorado.

Antes disso, ela iniciou sua graduação em Engenharia Ambiental na Unisc, no ano de 2004, poucos meses depois do nascimento da sua filha. Camila concluiu o curso em 2010 e, três anos depois, ingressou no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional (PPGDR) da Unisc, defendendo sua dissertação no início de 2015. Em 2018, retornou para o PPGDR, desta vez para o Doutorado. Foi bolsista durante quase toda a graduação, durante o Mestrado e, agora, no Doutorado.

O PPGDR, do qual Camila faz parte, promove a formação e a capacitação de profissionais para o exercício de atividades de pesquisa, docência, assessoria e consultoria, avaliação e planejamento territorial, em instituições públicas e privadas. Ao longo de mais de 20 anos de existência, formou aproximadamente 359 mestres e 94 doutores. Tem sua concepção alicerçada na interdisciplinaridade, através da atividade de pesquisa, debate e reflexão sobre as mudanças econômicas, políticas, sociais, ambientais e culturais no âmbito da esfera estatal, da sociedade civil e da iniciativa privada.

"A produção e a disseminação do conhecimento são armas de alto impacto, mas é preciso estar preparado para usá-las", afirma Camila, ao destacar a sua relação com o PPGDR e a influência da Unisc sobre a sua formação. Esse envolvimento, segundo ela, possui um significado todo especial e é valorizado com muito carinho. "Primeiramente, por ter recebido apoio de cursar uma graduação carregando minha filha comigo. Não é em qualquer universidade que se encontra essa acolhida. Segundo, porque há sempre muito incentivo e mobilização interna para participação e organização de eventos, seja de pesquisa, de ensino ou de extensão". Ela destaca também que há o intercâmbio constante com representantes de outras instituições, não somente de ensino.

A filha de Camila tinha apenas 1 ano quando ela ingressou no curso de Engenharia Ambiental. "Por estar sozinha em Santa Cruz e não ter com quem deixar minha filha, alguns professores permitiam que ela assistisse às aulas comigo. Inclusive, cediam metade do quadro para ela desenhar enquanto assistíamos às aulas", recorda. Outro professor, que foi coordenador de uma bolsa da Camila, chegou a correr atrás de vaga na creche para a criança, pois o município havia dito que não conseguiria vaga. Um outro docente permitia que ela levasse a filha junto nas atividades de bolsista quando não tinha com quem deixá-la. Esta acolhida, segundo ela, foi fundamental, porque estava sozinha em Santa Cruz, com pouco dinheiro e muitas dificuldades. "Esta ajuda me deu forças, pois eu tinha muita dificuldade em entender as disciplinas. Não conseguia enxergar as coisas na prática, até porque nunca participava das saídas de campo. Mas, mesmo assim, algo me fazia pensar: não posso desistir, tem gente que acredita em mim". E mesmo com todas as dificuldades e percalços, Camila conseguiu superar as adversidades, passou pela Graduação e pelo Mestrado e ainda ingressou no Doutorado em Desenvolvimento Regional. Tudo graças ao apoio e ao amparo daqueles que se importaram com seu sucesso e com sua determinação. A menina que sonhava ser escritora acabou se reinventando e escrevendo sua própria história.

"Saber é poder nunca mais ser o mesmo".

Quer se reinventar, da mesma forma como a Camila fez? Acesse https://youtu.be/KGIhUq2bXfs e descubra como o Programa pode fazer parte desta transformação. 

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