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A pesquisa realizou sua primeira etapa de testes rápidos na população local nos dias 1º e 2 de agosto. Mais três etapas serão realizadas.

 

 

Nesta quinta-feira, 6, o Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) e a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) apresentaram, em transmissão ao vivo no Facebook do Cisvale, os resultados da primeira fase da pesquisa realizada na população local com 1.066 testes rápidos aplicados no último fim de semana. Os dados apontam que existe prevalência de 2,9% na região, revelando que pelo menos 10,4 mil pessoas já possuem anticorpos contra o coronavírus.

Da amostra total coletada, 31 testes apresentaram anticorpos para a doença. Segundo o coordenador-geral da pesquisa, o professor da Unisc e médico infectologista Marcelo Carneiro, isso significa um resultado reagente para 34 habitantes: “se levarmos em conta o IgG, que avalia anticorpos de memória, produzidos há mais tempo, temos um teste positivo para cada 67 habitantes. Já o IgM, que demonstra um contato mais breve com a doença, chegamos ao número de um teste reagente para cada 46 moradores”.

Com apoio da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) e da Philip Morris Brasil, o estudo também coletou informações comportamentais da população em relação à pandemia. O questionário realizado apurou, entre outras informações, que 63% das pessoas alegam estar respeitando o distanciamento social. Sobre o uso de máscaras, 91% disseram utilizar o equipamento ao sair de casa. Aqueles que alegaram sair de casa apenas para atividades essenciais totalizou 51%.

Na questão do desemprego, 6,7% dos participantes da pesquisa disseram ter algum morador do domicílio que perdeu o trabalho em virtude do coronavírus. 23,6% dos entrevistados disseram ter tido seu contrato de trabalho suspenso ou carga horária reduzida, e 71,5% responderam ter rendimentos inferiores a três salários mínimos. Sobre os sintomas clínicos apresentados pelos participantes dos testes, 58% relataram pelo menos tosse, febre ou dor de cabeça.

Segundo o presidente do Cisvale e prefeito de Pantano Grande, Cassio Nunes Soares, a pesquisa, mesmo em sua primeira etapa, já é positiva para o Vale do Rio Pardo, pois os dados coletados serão utilizados para nortear a conduta das prefeituras contra a pandemia.

“Os prefeitos do Vale do Rio Pardo estão unidos, em sintonia e trabalhando de forma conjunta no combate do coronavírus, fazendo parcerias com a iniciativa privada e a universidade. Apresentamos nesta quinta um trabalho de excelência, técnico, que comprova isso e que vai refletir positivamente para as nossas comunidades”, afirmou Cassio.

Ainda participaram da transmissão no Facebook do Cisvale o prefeito de Candelária e presidente da Amvarp, Paulo Butzge, a coordenadora da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde, Mariluci Reis, e o diretor de Pesquisa e Pós-Graduação da Unisc, Adilson Ben da Costa.

 

A pesquisa COVID-VRP

O estudo terá quatro etapas de realização de testes, com intervalos de duas semanas entre cada uma. A previsão é de que a última ocorra nos dias 12 e 13 de setembro. As atividades são realizadas sempre durante os finais de semana, entre 8 horas e 18 horas. A escolha dos participantes é aleatória, em sorteio, de acordo com os dados do IBGE, apontando os bairros, ruas e casas onde os testes serão realizados.

Para o teste é coletada uma gota de sangue retirada da ponta do dedo do participante. Os entrevistadores também fazem perguntas a respeito dos hábitos de distanciamento social e questões epidemiológicas.

Quatorze municípios consorciados ao Cisvale participam do estudo: Boqueirão do Leão, Candelária, Gramado Xavier, Herveiras, Mato Leitão, Pantano Grande, Passo do Sobrado, Rio Pardo, Santa Cruz do Sul, Sinimbu, Vale do Sol, Vale Verde, Venâncio Aires e Vera Cruz.

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