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Pesquisadores do Ibope Inteligência vão aplicar testes rápidos para coronavírus em visitas domiciliares entre os dias 21 e 23 de junho

 

Divulgação da pesquisa em âmbito nacional

A pesquisa Epicovid19-Brasil, que estima a proporção de casos de infecção pelo novo coronavírus no Brasil, inicia mais uma etapa a partir deste domingo, 21. A meta é realizar 33.250 testes rápidos e entrevistas nas 133 cidades participantes, situadas em todos os estados brasileiros. Para isso, em torno de 2,6 mil pesquisadores do Ibope Inteligência vão às ruas, entre 21 e 23 de junho, para visitar residências e convidar os moradores a realizar testes rápidos para o coronavírus.

“É fundamental que a população aceite participar da pesquisa. Em cada cidade, por exemplo, é preciso realizar pelo menos duzentos testes, para que possamos apresentar estimativas sobre a real dimensão da Covid-19. Além de contribuir com o esforço coletivo de enfrentamento da pandemia, o participante tem a oportunidade de realizar o exame e saber o resultado na hora”, diz a epidemiologista Mariângela Freitas da Silveira, integrante da coordenação do estudo.

O Estudo de Prevalência da Infecção por Covid-19 no Brasil (Epicovid19-BR), coordenado pela Universidade Federal de Pelotas com financiamento do Ministério da Saúde, é o maior levantamento populacional do mundo a estimar a prevalência de Covid-19. A Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), bem como outras universidades do país, é parceira do estudo, prestando auxílio no desenvolvimento da pesquisa na cidade de Santa Cruz do Sul – uma das cidades participantes.

Segundo Ingre Paz, professora do curso de enfermagem da Unisc, que participa do projeto, "os testes são rápidos e realizados de acordo com as orientações da Anvisa. Por isso, eles são de fácil execução e não necessitam de outros equipamentos de apoio, como os que são usados em laboratórios, além de fornecerem os resultados entre 15 e 20 minutos”. Ingre também destaca que os testes devem ser sempre realizados por profissionais qualificados.

Os bairros participantes dessa etapa da pesquisa em Santa Cruz do Sul são: Centro, Margarida Aurora, Higienópolis, Piratini, Bom Fim, Senai, Avenida, Goiás, Universitário, Verena, Santo Inácio, Belverde, Monte Verde, Arroio Grande, Faxinal, Menino Deus, Santuário, Bom Jesus, Várzea, Vila Schulz, Linha Santa Cruz, Aliança, Esmeralda, Ohland, Glória, Rauber e Cristal.

Professora Ingre Paz, da Unisc, explica a importância dos testes rápidos.

Professora Ingre Paz, da Unisc, explica a importância dos testes rápidos.

Quais os resultados do estudo até o momento?

Durante a segunda etapa da pesquisa surgiram evidências inéditas sobre a velocidade de expansão do coronavírus em 83 cidades do país. A proporção de pessoas que já contraíram o vírus no Brasil aumentou em 53% no período de duas semanas entre a primeira etapa, realizada de 19 a 21 de maio, e a segunda, de 4 a 5 de junho.

Dados mais recentes também apontam que, para cada diagnóstico confirmado, existem ao redor seis casos reais não notificados na população. Para se ter uma ideia, as estimativas somam mais de 1,7 milhão de pessoas que têm ou já tiveram o coronavírus, contra o total de 296.305 casos notificados em 120 cidades brasileiras na véspera do segundo levantamento da pesquisa.

 

Como funciona a pesquisa?

O estudo acontece na cidade mais populosa de cada uma das 133 sub-regiões definidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o território brasileiro. As residências participantes, são sorteadas de forma aleatória acordo com os dados do IBGE.

Para o exame, os pesquisadores coletam uma gota de sangue da ponta do dedo do participante, e o resultado fica pronto em aproximadamente 15 minutos. Enquanto aguarda o resultado, o participante responde perguntas sobre possíveis sintomas da Covid-19 nas últimas semanas, entre outros hábitos relacionados à saúde.

Em caso de resultado positivo, os profissionais comunicam a Vigilância Epidemiológica local. Os pesquisadores que realizam as visitas estão identificados por crachá do Ibope Inteligência e utilizam equipamentos de proteção individuais (EPIs) de forma completa.

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