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Atividades práticas são para a preservação da arte rupestre do Cerro do Baú, na Vila Arlindo

 

Com uma verdadeira incursão na educação patrimonial, estudantes de 1ª a 5ª ano da Escola Municipal Narciso Mariante de Campos, de Venâncio Aires, vivenciam atividades práticas para a preservação da arte rupestre do Cerro do Baú, na Vila Arlindo. Instigados pelas professoras, os alunos se unem em torno dessa aprendizagem com o intuito de valorizar o patrimônio legado por populações originárias, que viveram na localidade, bem como contribuir com a preservação.

 

Foi neste cenário que o projeto Organização e Extroversão do Patrimônio Arqueológico do Centro de Ensino e Pesquisas Arqueológicas (Cepa) da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), coordenado pelos professores Sergio Celio Klamt e Hélio Afonso Etges, passou a desenvolver oficinas que pudessem contribuir com a proposta de trabalho da escola. “Nosso objetivo é desenvolver atividades que estimulem professores, estudantes e comunidade em geral a identificar, significar e valorizar o patrimônio cultural material e imaterial no contexto em que estão inseridos”, comentam os professores.

 

Os trabalhos foram iniciados em fevereiro deste ano, quando ocorreu uma reunião com professoras e direção da escola. “Naquele momento realizou-se um diálogo com vistas a estabelecer um conjunto de oficinas que se agregariam ao que a escola já vem desenvolvendo há alguns anos com a temática da educação patrimonial. Nossa inserção segue um roteiro das aulas já programadas na escola ao levar trabalhos práticos realizados em sala de aula e mesmo em ambientes externos do colégio”, falam.

 

Entre as oficinas aplicadas no primeiro semestre estiveram uma contação de histórias com o uso exclusivo de símbolos e desenhos; a produção de réplicas de petróglifos, que é a escrita em pedras; e a escavação arqueológica desenvolvida no pátio da escola. Na primeira atividade, Klamt que é o arqueólogo da equipe, mostrou aos alunos os tipos de escrita e a evolução ao longo do tempo. “O trabalho prático que os estudantes desenvolveram foi contar uma história mediante uso de técnicas da arte rupestre, mas sem o uso do alfabeto. Era produzir um roteiro com a utilização de desenhos, que desse algum sentido a quem fosse ter contato visual com a peça”, diz Klamt.

 

No caso das réplicas de petróglifos, a turma foi convidada a reproduzir um desenho encontrado no Cerro do Baú, mas em pedra. Cada aluno ganhou uma pedra e passou a trabalhar nela com o intuito de redesenhar as inscrições petroglíficas encontradas na localidade e deixadas como registro dos povos originários.

 

Contudo, o trabalho que mais movimentou os estudantes foi o da simulação de uma escavação arqueológica. Uma área do pátio da escola foi transformada em sítio arqueológico. Depois de preparado o local, os estudantes foram divididos em grupos e receberam explicações de como proceder em campo para encontrar objetos e ossadas. “As equipes de escavação ganharam um kit de equipamentos costumeiros usados em campo pelos arqueólogos e partiram para o trabalho. A cada descoberta, a equipe recebia instruções com relação aos cuidados na hora de mover o achado”, explicam.

 

Essa jornada de oficinas segue no segundo semestre. De acordo com os coordenadores do projeto, estão previstas mais práticas ainda este ano. Entre elas está a confecção de réplicas de peças como pontas de flecha, lâminas polidas e petróglifos a serem produzidas, em gesso. Também será o período para organização de uma atividade de encerramento em dezembro, no Cerro do Baú, aberta à comunidade, incluindo convite especial aos pais e familiares dos alunos. Na oportunidade haverá a distribuição de brindes e folder, além de um lanche temático oferecido aos visitantes.


Concomitante a estas atividades na escola no primeiro semestre, também em Venâncio Aires, o CEPA manteve uma parceria com o Núcleo de Cultura  através de uma exposição no Museu Municipal. Denominada de “A trajetória da arqueologia no Rio Grande do Sul”, ela foi visitada por 812 pessoas.

 

Projeto Patrimônio Arte Rupestre7

Projeto Patrimônio Escavação arqueológica14

Projeto Patrimônio Escavação arqueológica16
Fotos: Divulgação

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Atividades práticas são para a preservação da arte rupestre do Cerro do Baú, na Vila Arlindo

 

Com uma verdadeira incursão na educação patrimonial, estudantes de 1ª a 5ª ano da Escola Municipal Narciso Mariante de Campos, de Venâncio Aires, vivenciam atividades práticas para a preservação da arte rupestre do Cerro do Baú, na Vila Arlindo. Instigados pelas professoras, os alunos se unem em torno dessa aprendizagem com o intuito de valorizar o patrimônio legado por populações originárias, que viveram na localidade, bem como contribuir com a preservação.

 

Foi neste cenário que o projeto Organização e Extroversão do Patrimônio Arqueológico do Centro de Ensino e Pesquisas Arqueológicas (Cepa) da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), coordenado pelos professores Sergio Celio Klamt e Hélio Afonso Etges, passou a desenvolver oficinas que pudessem contribuir com a proposta de trabalho da escola. “Nosso objetivo é desenvolver atividades que estimulem professores, estudantes e comunidade em geral a identificar, significar e valorizar o patrimônio cultural material e imaterial no contexto em que estão inseridos”, comentam os professores.

 

Os trabalhos foram iniciados em fevereiro deste ano, quando ocorreu uma reunião com professoras e direção da escola. “Naquele momento realizou-se um diálogo com vistas a estabelecer um conjunto de oficinas que se agregariam ao que a escola já vem desenvolvendo há alguns anos com a temática da educação patrimonial. Nossa inserção segue um roteiro das aulas já programadas na escola ao levar trabalhos práticos realizados em sala de aula e mesmo em ambientes externos do colégio”, falam.

 

Entre as oficinas aplicadas no primeiro semestre estiveram uma contação de histórias com o uso exclusivo de símbolos e desenhos; a produção de réplicas de petróglifos, que é a escrita em pedras; e a escavação arqueológica desenvolvida no pátio da escola. Na primeira atividade, Klamt que é o arqueólogo da equipe, mostrou aos alunos os tipos de escrita e a evolução ao longo do tempo. “O trabalho prático que os estudantes desenvolveram foi contar uma história mediante uso de técnicas da arte rupestre, mas sem o uso do alfabeto. Era produzir um roteiro com a utilização de desenhos, que desse algum sentido a quem fosse ter contato visual com a peça”, diz Klamt.

 

No caso das réplicas de petróglifos, a turma foi convidada a reproduzir um desenho encontrado no Cerro do Baú, mas em pedra. Cada aluno ganhou uma pedra e passou a trabalhar nela com o intuito de redesenhar as inscrições petroglíficas encontradas na localidade e deixadas como registro dos povos originários.

 

Contudo, o trabalho que mais movimentou os estudantes foi o da simulação de uma escavação arqueológica. Uma área do pátio da escola foi transformada em sítio arqueológico. Depois de preparado o local, os estudantes foram divididos em grupos e receberam explicações de como proceder em campo para encontrar objetos e ossadas. “As equipes de escavação ganharam um kit de equipamentos costumeiros usados em campo pelos arqueólogos e partiram para o trabalho. A cada descoberta, a equipe recebia instruções com relação aos cuidados na hora de mover o achado”, explicam.

 

Essa jornada de oficinas segue no segundo semestre. De acordo com os coordenadores do projeto, estão previstas mais práticas ainda este ano. Entre elas está a confecção de réplicas de peças como pontas de flecha, lâminas polidas e petróglifos a serem produzidas, em gesso. Também será o período para organização de uma atividade de encerramento em dezembro, no Cerro do Baú, aberta à comunidade, incluindo convite especial aos pais e familiares dos alunos. Na oportunidade haverá a distribuição de brindes e folder, além de um lanche temático oferecido aos visitantes.


Concomitante a estas atividades na escola no primeiro semestre, também em Venâncio Aires, o CEPA manteve uma parceria com o Núcleo de Cultura  através de uma exposição no Museu Municipal. Denominada de “A trajetória da arqueologia no Rio Grande do Sul”, ela foi visitada por 812 pessoas.

 

Projeto Patrimônio Arte Rupestre7

Projeto Patrimônio Escavação arqueológica14

Projeto Patrimônio Escavação arqueológica16
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